quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Vamos a Mafra!

Visita a 9 de dezembro


   A vista anual a Mafra a propósito do “Memorial do Convento” é para breve. No dia 9 de dezembro lá estaremos. Seremos 4 professores e cerca de 100 alunos. No programa consta de manhã a visita ao Palácio Nacional de Mafra (antigo Convento) e à tarde a representação teatral baseada na obra de José Saramago. Depois trazemos fotografias. Porque não começar agora a leitura da obra?

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Maria José Neto publica livro

    Maria José Neto é professora de História na ESAAG e lança amanhã, dia 30 de outubro, às 17 horas, no Auditório Central do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), no âmbito do Fórum de Toponímia a realizar no IPG, a obra "A Toponímia da Cidade da Guarda e a Construção da Memória Pública no séc. XX". A professora concedeu uma entrevista ao Blogue EXPRESSÃO de que reproduzimos aqui uma das respostas: 


     De que trata o livro no essencial?

   São abordadas duas temáticas que se interligam, a da evolução do espaço urbano, no interior e no exterior da muralha, e a da nomeação das vias e lugares públicos. Se nos tempos mais remotos da cidade os nomes dos espaços surgiam de forma mais ou menos espontânea, na segunda metade do século XIX o ato de nomear passou a ser uma atribuição do poder municipal. A partir dessa altura, as nomeações surgem carregadas de intencionalidade, mas surgem também renomeações (novos batismos) das vias existentes. Através das atas das sessões da Câmara Municipal, onde foram exaradas essas novas designações, indicia-se a intencionalidade dos autores (normalmente vereadores ou presidentes da Câmara). Essa intencionalidade visa criar uma memória pública e essa memória diferencia-se no curso do tempo, marcado pelos diferentes regimes políticos que perpassaram o século XX, particularmente a Monarquia Constitucional, a República, o Estado Novo e a Democracia.

Ler o resto da Entrevista em  

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

KAMO E EU

Um professor que se transforma



Já imaginaram um professor que regular-mente vos pede os temas mais banais para redação em Português (“Faz o teu retrato”, “Conta as tuas férias”, “Uma noite em família”, “O que mudou desde o ano passado”)? A coisa altera-se (para pior) se o tema muda para “Descreve o jardim da tua tia”. O protagonista, que tem uma birra assinalável às redações e não consegue “puxar pelos temas” e que ainda por cima não tem tia, fica pelos cabelos. E pior fica ainda quando o professor, de quem o protagonista não gosta e que acha que o jovem “não tem imaginação”, pede o tema “Você acorda uma manhã e constata que se transformou em adulto. Aflito, precipita-se para o quarto dos pais: eles transformaram-se em crianças. Conte o resto”.

O resto do livro “Kamo e eu”, de Daniel Pennac (ilustrações de Jean-Philippe Chabot), coloca-nos diante da transformação do protagonista e do professor a propósito desta redação. Tudo continua por uma epidemia provocada na turma inteira por este tema. Acreditam? No final cada um não é bem aquilo que parece e detrás de um professor duro e impávido há uma pessoa pronta a revelar-se diferente. Não percam, jovens e adultos.