sexta-feira, 28 de junho de 2013

CÁPSULA DO TEMPO: PARA LER EM 2050

Já há programa para o dia 1 de julho

A Cápsula do Tempo, realizada pelos técnicos do IPG, onde ficarão colocados os cilindros cujo conteúdo foi elaborado por 40 personalidades ligadas à Guarda e por 3 escolas, está neste momento em exposição no Centro Comercial VIVACI da Guarda. No dia 24 de Junho passado, pelas 18 horas, e na presença do Presidente da Câmara da Guarda, foram colocados todos os recetáculos na Cápsula que foi fechada naquele momento.

A turma de Português do 12º B da ESAAG, orientada pelo professor Joaquim Igreja, participou na iniciativa, tendo elaborado fotografias, textos e um vídeo. Os textos incidiram sobre a análise da situação atual da cidade e do concelho da Guarda, a previsão  e os desejos para 2050. Já imaginaram os atuais jovens com 55 anos a abrir a cápsula em 2050?
As cerimónias oficiais do seu encerramento terão lugar a 1 de Julho com o Programa seguinte:
12H30 – Torre de Menagem – Colocar a cápsula dentro de terra e simbolicamente iniciar o seu encerramento.
13H30 – Hotel Vanguarda – Almoço com entidades, convidados e comunicação social.
15H00 – Conferência e debate no auditório IPG da Rua Soeiro Viegas – “Presente e Futuro dos Media”, tendo como oradores: Agustín Remesal, jornalista e escritor; Carlos Correia, pro reitor da Universidade Nova de Lisboa; Francisco Pinto Balsemão, presidente do grupo Impresa.
17H30 – Torre de Menagem – Encerramento oficial da cápsula




 
 
       
 
 

 


quinta-feira, 20 de junho de 2013

3 PERGUNTAS A QUEM LÊ

Carlos Varandas Nunes

É ex-aluno da ESAAG, assistente operacional no Agrup. Escolas da Sé e está destacado no Sindicato dos Técnicos Superiores e Assistentes e Auxiliares de Educação da Zona Centro (STAAEZC)

Em termos de livros, o que anda a ler e o que tem lido recentemente?

Em termos de livros, neste momento e desde há 8 meses para cá a minha leitura de “ cabeceira “ está mais “ lenta”, pois os livros que todos os dias tenho lido, são técnicos/académicos, em virtude do Trabalho final para conclusão do Mestrado que estou a frequentar. Pois isso obriga-me a ler e a escrever o meu “ Livro”, pois penso em editar o trabalho em livro.
Um dos livros que li para este projeto não muito técnico, mas mais sociológico é “ Trabalho e Sindicalismo em tempo de globalização” de Manuel Carvalho da Silva, Ex-secretário Geral da CGTP-IN, que é a sua Tese de Doutoramento. Um livro muito interessante, pois trata-se de uma investigação no campo da sociologia onde o autor relata a sua experiência sindical. Neste livro encontramos a História do Sindicalismo; estudos de caso (Grundig; Portugal Telecom; Nova Penteação…); a evolução europeia dos Sindicatos numa “Europa social”, etc.
Um caso que me apaixonou foi sobre a forte tradição dos Lanifícios na Covilhã, mormente a Fábrica Nova Penteação como um processo local de sindicalização e forte representação dos trabalhadores. Apesar de ser da Covilhã, esta empresa teve um impacto muito grande em termos de representatividade dos trabalhadores pelos seus direitos laborais como salários, horário de trabalho e luta sindical a nível nacional, nomeadamente a partir do 25 de abril de 74. Foram uma referência de ação sindical nas lutas e greves do movimento sindical quer regional quer nacional. Entre 1950 e 1970 esta empresa chegou a ter 1200 trabalhadores, sendo o papel sindical nesta empresa fulcral: O aumento do salário para 300 escudos, depois para 600 e com a liberdade conquistada em 74 para 1000 escudos e a fixação do primeiro salario mínimo em 3.300$00 foram grandes etapas desta luta na Nova Penteação. Em 1981 dá-se uma histórica greve de 29 dias que os trabalhadores da Nova Penteação fazem contra a aplicação do contrato coletivo de trabalho elaborado pelo SINDETEX ,que lhes retirava direitos.
Esta empresa que exportou cerca de 55 % para a Alemanha, com a globalização, novas tecnologias e mudanças de mercado, reduziu o número de trabalhadores para 700 e até 2003, ano do encerramento, o número de colaboradores foi baixando a fasquia dos 700.

Refira uma impressão positiva de uma dessas leituras

Um outro livro que estou a ler é o “ Auto de Fé” de Zita Seabra. Este livro é uma entrevista ao Padre Gonçalo Portocarrero, sendo um livro que fala sobre a Fé, neste ano da Fé. Nesta entrevista o Padre Gonçalo fala sem rodeios sobre a Inquisição, afirmando um aspeto curioso: “Antigamente a Igreja depunha os Reis que não lhe eram submissos e excomungava-os… e hoje é a Igreja que se senta no banco dos réus. Esta nova Inquisição é a opinião pública”. Eu vou mais longe e pergunto: Liberdade de Imprensa? Sim, mas a Liberdade das Pessoas onde fica e como fica? Pode ser exposta a nu? Neste livro o Padre Gonçalo fala da Fé e define a Fé de uma forma brilhante: “É que todos os cristãos tenham consciência de que ser cristão é estar comprometido - e estar comprometido com um projeto concreto”. De outro modo, poder-se-ia dizer “A Fé é aceitar Cristo”.
Um outro livro que vou ler brevemente é “ JESUS - os últimos dias “ de Shimon Gibson, Arqueólogo e professor de Arqueologia: Este livro explora novos caminhos terrenos na explicação da figura de Cristo e examina os críticos dias finais de Jesus, fazendo uso dos achados arqueológicos como prova principal.

Qual a sua rotina semanal de leitura de jornais e de outros periódicos?

Leio todos os dias um diário que alterno entre o Correio da Manhã e o Diário de Notícias. Além disso sou leitor assíduo dos jornais online Diário Económico. Leio os 3 semanários da Cidade e quando há temas /assuntos pertinentes adquiro a Revista Visão ou a Sábado.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O MEMORIAL NÃO ACABOU


Blimunda chegou a casa. À casa de sua mãe, deixada há tanto tempo. Levava a vontade de Baltasar consigo.
Sentia-se serena. Não tinha fome nem sede. Queria apenas sentar-se. Então foi até ao quarto. Tantas memórias! E sentou-se na cama, primeiro à beira, depois mais atrás, depois mais atrás, até encostar a nuca à parede fria e húmida do quarto.
Fechou os olhos e uma torrente forte de imagens apareceu na sua mente, como se, ao invés de fechar, tivesse aberto os olhos. Abriu-os de novo, repentinamente.
Pôs-se a contemplar o quarto, o chão de terra, a arca velha, os pés de uma cadeira. Depois chamou baixinho: “Baltasar...”.
Então a vontade de Baltasar desprendeu-se suavemente de si, ficando apenas ligada a ela por um ínfimo ponto de contacto, um pouco acima do umbigo. Blimunda examinou-a: havia muita coisa misturada. Contradições, memórias com que Blimunda se enterneceu, outras com que se riu. Com algumas torceu o nariz.
Blimunda reparou que a vontade de Baltasar era redonda e que ia girando. Olhando para o seu próprio abdómen, Blimunda viu que a sua própria vontade estava ali e que também girava.
A certa altura Blimunda reparou que a parte da vontade de Baltasar que há pouco a enervara estava agora no ponto mais perto dela.
Instintivamente olhou para a sua própria vontade. Não se afastara da de Baltasar. Rodara de maneira a ter uma palavra escrita no ponto em que se tocavam as duas:
“COMPREENSÃO.”

Rita Bolota Fonseca (12º A)

domingo, 2 de junho de 2013

EXPOSIÇÃO NO CR

José Luís Peixoto poeta

   Mais um mês, mais um poeta…
            Na edição de junho das exposições no Centro de Recursos, selecionámos um poeta natural de Galveias (Ponte de Sor) e vencedor do prémio Literário José Saramago. Aos 38 anos, José Luís Peixoto é um dos mais acarinhados e respeitados poetas e escritores da sociedade portuguesa. Tentámos contactar o poeta, mas, infelizmente, não obtivemos resposta. A exposição que realizámos continuará na biblioteca escolar até o fim do ano letivo. Visita-a e tira um poema!