terça-feira, 27 de novembro de 2012

Papelinhos que deixamos nos livros

Ontem, dia 26 de novembro, numa sessão dirigida pelo ex-professor da Esc. Sec. Afonso de Albuquerque António José de Almeida, falava-se dos papelinhos que deixamos nos livros que lemos. Era numa tertúlia a propósito dos papéis que Eduardo Lourenço deixou dentro dos livros que ofereceu à Biblioteca Municipal que tem o seu nome na Guarda. Papéis, neste caso, muito pouco relacionados com os livros em questão.
É um bom exercício a fazer em casa. E poderão aparecer: um bilhete de cinema de há 20 anos atrás; um recado do colega de lado que quer prolongar uma conversa na aula; um marcador com conselhos para as cheias ou os terramotos; um calendário de 1980; um recorte de jornal sobre uma representação teatral na Guarda relativa àquela obra; etc. Talvez até uma declaração de amor de que já nos tínhamos esquecido.
Que tal se formos rebuscar os nossos livros mais antigos?

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Clube dos Poetas Vivos




Daniel Rocha no CR

Durante o mês de novembro, o Clube de Leitura, na sua rubrica "Clube dos Poetas Vivos", divulga "Refracções em três andamentos", o livro de estreia do poeta Daniel Rocha, ex-aluno desta escola. Um conjunto de 53 poemas, escritos entre 2001 e 2011, que constituem uma reflexão sobre a vida e sobre as relações humanas. No Centro de Recursos, a Exposição apresenta, para além desta obra e do caderno Fio da Memória, com o texto do mais recente Julgamento e Morte do Galo do Entrudo, um conjunto de obras que são sugestões de leitura de Daniel Rocha. Vem e vê. São os últimos dias.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Feira do Livro Usado 2012 é a 14 de dezembro




Natal é tempo de dar. Vai à estante, tira um ou dois livros que já não te interessem ou que saibas que não vais reler. Podem ser romances, livros de poesia, diários, biografias, livros de contos. Fala com os teus pais sobre o assunto. Traz para a aula de Português ou diretamente para o Centro de Recursos, preenche a Ficha sobre o livro e faz uma dedicatória ao futuro comprador. A melhor dedicatória em cada Ciclo ganha 5 Euros no cartão de aluno, a segunda melhor 2,50 Euros. Pede duas Fichas ao teu professor de Português. Entrega os livros até ao dia 7 de dezembro.
Depois no dia 14 de dezembro, dia da Feira do Livro Usado, vai até ao salão, onde podes comprar livros usados a 1 Euro. Pode ser que encontres "aquele" livro de que andavas à procura.

domingo, 18 de novembro de 2012

Jorge Carvalheira lança novo livro

Jorge Carvalheira, ex-aluno da Escola Secundária Afonso de Albuquerque (do Liceu, nos anos 60), lança na Guarda no dia 28 de novembro o seu novo livro PORTUGALMENTE - Peregrinação da Lapa a Riba-Côa. Lembram-se de As aves levantam contra o vento e do Mensário do Corvo? Este último incluiu mesmo várias crónicas publicadas pelo autor em primeira mão no EXPRESSÃO. Jorge Carvalheira esteve também ligado à criação do antigo jornal do Liceu, o Riacho, que se iniciou em 1962.
Não faltem. É na Biblioteca Municipal.

sábado, 17 de novembro de 2012

3 Perguntas a quem lê


José Carlos Lopes,
professor de Biologia e Geologia na ESAAG:


1)Em termos de livros, o que anda a ler e o que tem lido recentemente?
Ando a ler o “Mixórdia de temáticas” do Ricardo Araújo Pereira. Sei que vai parecer uma leitura pouco recomendável, no entanto considero-o um dos mais brilhantes guionistas portugueses de sempre. Possui um espírito mordaz e uma forma particular de ver a sociedade portuguesa. Tive o prazer de participar com ele na recriação de alguns dos “sketches” deste livro, aquando da sua vinda recente à nossa cidade.
Antes andava, e andarei, a ler um livro de viagens de Joaquim Magalhães Couto intitulado “Mar das Especiarias” que relata a sua passagem por algumas das centenas de ilhas que compõem a nação da Indonésia. O que mais me marcou, até agora, é a grande presença dos portugueses na sua cultura, gastronomia, e língua. Pois é, nomes de família, nomes de ruas, nomes de objetos do quotidiano, estão bem vivos na língua e dialetos indonésios. Assim temos os rajás Da Silva, o guardião Pareira (Pereira), o sol sepatu (sola do sapato), pintur ( pintor), pidagu (fidalgo), pilotu (piloto), grandi brebu (grande bêbado), djugador (jogador), doktor (doutor), peskador (pescador), grandi kondi (grande conde), oriwis (ourives), um marchador (mercador), enfim, milhares de termos de origem portuguesa aculturados por este povo. Muito interessante, mas ainda não acabei de ler.
Em termos de romances li “Os pilares da Terra” do Ken Follet. A história gira à volta da construção de uma catedral num priorado na Inglaterra profunda e medieval e atravessa três gerações. Dá-nos um instantâneo com uma definição extrema do que era o sofrimento do povo às mãos dos senhores feudais e, principalmente da Igreja católica. O poder obsceno que esta tinha nessa altura, bem como os jogos de poder que se estabeleciam entre os poderosos deixando à margem, a morrer à fome toda uma classe de desgraçados. Ontem como hoje a história ainda se repete.

2)Refira uma impressão positiva de uma dessas leituras.
“O último segredo”, do José Rodrigues dos Santos, pega na Bíblia e disseca-a ao pormenor, expondo as contradições, imprecisões e incoerências existentes entre os vários evangelhos, sempre com uma análise científica rigorosa e mordaz acerca dos personagens bíblicos e que alega que Jesus, a ter existido, não passava de um dissidente da religião judaica, um radical, e que terá criado uma seita, o cristianismo, que, para conquistar rapidamente adeptos para a sua causa, anulou a obrigatoriedade do descanso aos sábados ou sabath. Muito interessante, mas impróprio para crentes. No que a mim me diz respeito, agradou-me muito.
Para terminar, e numa linha secularista, ou anti-religiosa, “Deus não é grande – como as religiões envenenam tudo” de Christopher Hitchens, jornalista, escritor e crítico literário britânico e americano. Hitchens, juntamente com os ateístas Richard Dawkins, Sam Harris e Daniel Dennett, é frequentemente referido como um dos quatro "Cavaleiros do Ateísmo". Ele é humanista e antiteísta e acho curioso como os radicais islâmicos, os mesmos que puseram a cabeça a prémio ao Salman Rushdie por meia dúzia de versículos nunca puseram a sua por muito, muito mais maledicência. Aliás ele varre tudo, do islamismo, ao cristianismo e ao judaísmo ortodoxo e ultra-ortodoxo, até “bate” na Madre Teresa de Calcutá. A sua clarividência permitiu-me cimentar definitivamente a minha própria opinião acerca da religião e dos males que tem acarretado ao mundo e que ainda continua a acarretar. Considero-o, portanto, o livro mais importante que li até hoje, um livro de viragem de página, um livro que me trouxe uma nova perspetiva sobre um mundo dominado, espartilhado, corrompido sempre em nome de um deus menor.

3)Diga-nos a sua rotina semanal de leitura de jornais e outros periódicos.
No que diz respeito à leitura regular dos periódicos posso dizer que consultava regularmente diários digitais, andava obcecado com toda esta problemática associada à maldita austeridade, até que decidi que já bastava e, como já escrevi no meu “O Interior” de que sou colaborador regular, fartei-me de me castigar e em consequência desde há mais de um mês que não leio, não vejo, não oiço qualquer notícia, à exceção do dito semanário guardense, e mesmo esse muito transversalmente. É uma questão de saúde mental e com a saúde não se brinca, pois não?

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Oficina de Leitura: vamos escrever?




Todos lidamos na escola com esta designação que damos às atividades de leitura recreativa que depois se convertem em atividades escolares ligadas à aula: fichas de leitura, comentários, apresentações orais. A Oficina de Leitura é pois uma atividade que faz mexer, cria novos interesses, leva à discussão e ao debate.
Porque não aproveitar toda essa dinâmica de leituras para criar dinâmica aqui no blogue? Fala-nos do que andas a ler ou comenta as leituras alheias que aqui forem surgindo. Ou então vai criando o teu Diário de Leitura à volta de uma obra (as tuas impressões de leitura) e vai-nos dando algumas páginas desse Diário. Até o teu professor vai gostar de ver.
Envia os teus textos para publicação para: joaquimigreja@esaag.pt ou para emiliacosta@esaag.pt

terça-feira, 6 de novembro de 2012

150 anos do "Amor de Perdição"


Poucos livros fizeram chorar tanta gente como o "Amor de Perdição". Poucos livros influenciaram tantas gerações como este. E Camilo escreveu-o em quinze dias amargurados na Cadeia da Relação do Porto, onde estava preso a aguardar julgamento por... adultério. Dos meses que aí passou resultaram as "Memórias do Cárcere", outra obra magnífica, com impressões da prisão e histórias que ele recolheu dos presos, sem nunca se referir às circunstâncias do seu "crime". As duas obras fazem agora 150 anos. Altura para ler ou reler.

domingo, 4 de novembro de 2012

Para publicar mensagens

Caro aluno, professor, funcionário ou amigo:
Quer participar no blogue e publicar a sua mensagem sobre uma leitura que anda a fazer?
Envie texto (eventualmente com foto) para joaquimigreja@esaag.pt ou para emiliacosta@esaag.pt
Desde já obrigado. Esperamos pelos vossos textos.

Um clube de leitura na ESAAG


Para que serve um Clube de Leitura numa escola?
Para nos encontrarmos à volta dos livros. Para lermos outros livros. Para termos desafios na leitura. Para trocarmos ou emprestarmos livros. Para falarmos do prazer que nos deu "aquele" livro. Para discutirmos como se "deve" ler um livro. Para fazermos dos livros uma travessia. Para compararmos os livros com os filmes. Etc.
Participa neste blogue a propósito das tuas leituras. Se quiseres, vem ter ao Centro de Recursos com os professores Emília Costa e Joaquim Igreja, responsáveis do Clube, e vem participar ou propor atividades.
Até já.